Você Não Está Só #21

Capítulo 21 — Confissão

Anteriormente…

Após tentarem lidar com fantasmas, Ian banca o herói mais uma vez, mas desta vez para ficar de frente com o demônio responsável por tudo…

este amor me move e paralisa

me faz sorrir e me faz chorar

ele vem frágil como uma brisa

e me engole forte como o mar

este amor é o que me faz seguir

e também é o que me faz ficar

por te amar tanto não quero desistir

e por te amar tanto eu quero estar

até o fim, só quero poder te amar

até o fim, só quero te ver sorrir

 

até o fim, que sejamos só eu e você

juntos até o mundo acabar.

Confissão

Capítulo 20 — Confissão

Revisão: Bianca Ribeiro.

Toda a escuridão se esvai e se torna um mundo pálido. O frio faz com que estremeça por inteiro, os pelos eriçados, os dentes batendo. Engulo em seco, apertando a maçaneta com tanta força que sinto o ferimento abrir vertendo sangue. Aperto o olho, em reflexo, mas não cedo. A palidez fica tão densa que meus olhos machucam com a claridade.

De repente, um vulto. Sou agarrado pelo pescoço por mãos pesadas, saídas de dentro do sobretudo preto do demônio que se esconde debaixo do chapéu. Posso ver o sorriso maléfico. Os braços são feitos de sombras que se solidificam em dedos finos como galhos secos.

Primeiro, fecho os olhos. Depois, desço o rosto encarando-o.

O demônio abaixa o rosto e o ergue fazendo com que eu o enxergue por debaixo do chapéu. Seus olhos vermelhos são afiados e brilhantes, o sorriso mostra uma série de dentes afiados, sua pele é coberta de veias pútridas em uma pele extremamente branca, semelhantes aos fantasmas.

— Você é mais humano do que eu pensei — debocho.

— E você é mais corajoso do que parece, garoto.

Reforço a intensidade na maçaneta que ainda alcanço. Ele me ergue ainda mais com as mãos no pescoço, o ar é arrancado dos meus pulmões com violência, mas logo todo meu corpo sacode. Eu não vou soltar a maçaneta, ele não vai encostar em Melissa outra vez.

Rosnados surgem ao redor, embora eu ainda não tenha visto nenhuma criatura por perto. Melissa bate na porta, tentando abri-la. Sorrio de canto, se morrer agora, ao menos terei feito algo por ela.

Coloco a mão direita sobre o braço sombrio do demônio. Não sei se funcionará, mas preciso tentar. Penso no que fiz aos espíritos de antes, carregando-os ao destino correto. Quero fazer o mesmo com ele. Expulsá-lo antes que seja tarde demais.

O demônio ri.

— Acha mesmo que esse truque sujo funciona comigo?

Aperta mais meu pescoço, o ar é cortado e eu não consigo me focar. Começo a me debater ficando cada vez mais alto. Minha mão escorrega da maçaneta. Lágrimas enchem meus olhos, mas eu apenas seguro os braços demoníacos dele e o encaro trincando os dentes.

— Lágrimas de ódio. Exatamente como ela.

— Vai se foder — sussurro com dificuldade.

Ele alivia a pressão no pescoço, soltando-me. Não tenho forças para me sustentar quando toco os pés no chão e acabo caindo sentado. Ele é muito, muito alto. Deve ter pelo menos dois metros de altura. A base de suas roupas dança como chamas obscuras. Seu rosto desce me encarando de cima, parecendo maior.

A mão dele se move em direção à maçaneta.

Eu coloco a mão nela antes.

— Seu problema é comigo, não com ela — digo com um sorriso.

— Talvez seja melhor que eu entre nesse cômodo se você quiser viver.

— Não. Você não fará um pacto com ela.

Seus olhos se apertam. Ele parece irritado. Isso me satisfaz.

O demônio aponta a mão para mim e ela se estica agarrando meu crânio. Fico calmo. Não posso permitir que ele entre. Melissa chama meu nome e começa a bater na porta querendo sair. Tenho certeza de que ela pode sentir a presença desse encosto.

— Sei que não vai me matar — cuspo, embora não consiga mais vê-lo. Preciso fazê-lo se focar em mim. Melissa ainda está abalada e é capaz de fazer um pacto. — Você me quer.

— Não acha que está superestimando demais sua importância?

— Estou errado?

Desta vez ele não ri. Ele gargalha.

— Humanos se acham demais — ele fala e me solta. — Venha me encontrar no altar que sua avó ergueu em meu nome.

— Então você tem um nome.

Ele dá as costas para mim, ajeita o chapéu. Levanto-me deslizando pela porta, ainda segurando firme a maçaneta. Sua silhueta começa a desfocar no meio da névoa. Olhos vermelhos surgem ao redor dele, encarando-me, misturando-se aos rosnados que voltam a ecoar no corredor. Ofego, meu coração está quase saindo pela boca.

— Continue melhorando essa alma para mim, garoto.

Franzo o cenho, confuso. Ele desaparece na palidez. Os rosnados estremecem meus tímpanos. Vultos avançam em minha direção, os brilhos vermelhos presos em enormes cabeças monstruosas.

Abro a porta e me jogo dentro da sala com Melissa, fechando-a. As bestas batem contra a folha de madeira que nos separa do corredor. Fico segurando a maçaneta e coloco o peso do corpo contra ela, na esperança de aguentar enquanto os monstros colidem para entrar.

Depois de algumas colisões os monstros param.

Solto o ar preso por tempo demais e me viro, as costas na porta, encontrando Melissa com uma expressão furiosa. As mãos na cintura, as sobrancelhas vincadas. Sorrio amarelo, sem jeito.

— Que porra foi essa, Ian? Ficando para trás como um herói de filme? Não estamos em um filme norte-americano, seu idiota, essa é a vida real, a nossa vida real.

— Eu não podia deixá-lo te machucar de novo.

— Talvez ele fosse apenas aceitar um pacto para te salvar.

— Claro que não, Mel. Era mentira dele. Lembre-se: ele é um demônio.

— E você é um especialista nisso agora.

Melissa joga as mãos para o alto e dá as costas, cruzando os braços.

— Eu não sou uma princesa indefesa, Ian. Posso tomar minhas próprias decisões, por mais que elas tenham terríveis consequências. Se eu quiser realizar um pacto com o demônio para te salvar eu vou fazer.

— Não posso deixar que isso aconteça.

— Por quê?!

Melissa se vira com os olhos saltados e as bochechas avermelhadas.

Desvio o rosto, um nó se forma na ponta da língua. Ela bate os pés vindo em minha direção. Não posso encarar esse rosto. Não posso. Se eu fizer isso vou acabar estragando tudo. Melissa para na minha frente, chama meu nome, faz-me encará-la no fundo daqueles olhos castanhos. As estrelas que formam constelações em seu rosto brilham como uma galáxia inteira.

— Por que não me deixa te ajudar, Ian?

— Porque isso pode te ferir.

— Eu aceito me ferir por você.

— Mas eu não aceito deixar a pessoa que amo sair machucada pelos meus problemas, Melissa.

Ela retém a vontade de responder. Posso ver as palavras dançando nos lábios entreabertos, mas o que ela faz sobre isso é dar dois passos para trás, suas maçãs do rosto ficando avermelhadas.

Agora eu já soltei, não posso mais parar.

— Quando olho seu rosto, vejo estrelas. Quando ouço sua voz, escuto música. Quando você sorri meu coração esquece como deve bater. Quando você está longe só penso em estarmos perto. Quando está perto eu quero parar o tempo para ficar assim eternamente. — Melissa me olha com as lágrimas caindo pelo rosto ao qual me apaixono um pouco mais a cada dia. — Eu te amo, Melissa. Eu te amei ontem, eu te amo hoje, eu te amarei amanhã. E quando eu morrer e me tornar apenas ossos, esse amor será meu limbo e eu vagarei em busca de ti só para ter mais um momento ao seu lado. Só para conseguir olhar essas estrelas, ouvir essa música e esquecer como é existir ao te ver sorrir.

Eu não consigo encará-la neste momento. Se eu fizer isso acho que vou acabar explodindo. Meu coração está prestes a romper as costelas e sair voando, meus pensamentos aceleraram tanto que não consigo raciocinar. Novamente estou sendo egoísta, mas como poderia não ser se posso acabar dando adeus a este mundo a qualquer momento sem ter dito que a amo?

— Idiota — é a resposta dela.

Abro um sorriso debochado, ergo o rosto.

Melissa está sorrindo em meio às lágrimas.

— Eu também te amo, seu idiota.

O deboche se torna em alegria. A hesitação se torna coragem.

Corto a distância entre nós que antes parecia um abismo com poucos passos. Minhas mãos entrelaçam sua cintura, segurando-a firme para que não escape pelos dedos. As mãos dela se envolvem no meu pescoço. Seu sorriso é grande o suficiente para ocultar todas as feridas da minha alma. A boca é magnética como um ímã que atrai meus lábios.

Nosso beijo encaixa como o último prego num caixão. O ar que falta em nossos pulmões é como o medo sendo enterrado. O sorriso que damos após selar os lábios é o lembrete de que enquanto se respira, há vida.

Seu idiota — reafirmo.

Meu idiota e de mais ninguém.

Concordo com um sorriso amarrado nos lábios.

O momento se desmancha com a colisão das criaturas contra a porta. Seguro a mão dela, colocando-me a sua frente como um escudo. O barulho cessa imediatamente.

— Está sentindo ele por perto?

— Não.

Isso parece um bom sinal, mas essas criaturas não parecem ser apenas para nos assustar. Antes de ir embora ele disse algo que cravou fundo nos tímpanos. Continuar melhorando a alma, reflito, não achando uma resposta àquilo, porém, com a sensação de estar relacionado a esta habilidade.

Abro e fecho os dedos da mão direita, sinto os músculos tensionarem e voltarem ao normal. Depois, olho para a porta. Os monstros que estão procurando uma forma de entrar talvez sejam um treinamento para minhas habilidades. Aperto os olhos, desvio o rosto. Melissa pergunta o que estou pensando e eu fico um segundo em silêncio assimilando as coisas.

— Eu posso vencê-lo.

— Do que está falando?

— Quando eu fui tentar fazer a passagem dele, ele me impediu. Foi bastante sutil, mas ele fez.

— Por que isso prova que ele pode ser vencido?

— Não seria muito mais divertido para ele se eu tentasse e falhasse?

Falo isso com um sorriso, entendendo melhor a mente de um demônio. Essa criatura está atrás de mais do que uma alma. Ele quer se divertir às custas do sofrimento humano. Encaro a minha outra mão, o ferimento abriu demais, sangue ensopa toda a minha palma e o curativo não serve para nada. Já nem sinto mais a dor.

Procuro com os olhos por alguma coisa para usar nesses monstros. Precisamos sair daqui, eventualmente. Não encontro nada de imediato, então avanço até um dos armários e começo a revirá-lo. Encontro muitos produtos de primeiros-socorros e remédios, a maioria deles fora do prazo de validade. Melissa parece entender o que busco porque começa a me ajudar.

Uso esse tempo para acalmar meus pensamentos. Ainda não sei o que foi mais assustador, encarar um demônio ou me declarar a mulher que amo. Espio ela pelo canto do olho. Meu coração acelera. Com certeza isso foi muito mais difícil. Mas isso não é nada perto do que ainda terei que fazer, afinal o demônio me quer em seu altar. Ele realmente precisa de mim como Melissa sugeriu após ser possuída no centro espírita.

Por que um demônio precisa de alguém como eu?

Minhas mãos hesitam.

— Muitas pessoas parecem ter morrido por causa da minha avó — comento, juntando as peças. — O demônio tem dito como sou parecido com ela… será que ela foi só um recipiente para ele?

— É uma possibilidade. Não são todas as pessoas que conseguem manter uma possessão sem sofrer danos.

Concordo. Melissa sofreu bastante após a possessão que não durou muito. Minha avó, por outro lado, foi enxotada para um hospital colônia por transtornos mentais que podem muito bem ter sido resquícios dessa possível possessão.

— Existe alguma forma de ter sido recipiente sem uma possessão?

— Talvez…

Paro o que estou fazendo para encará-la.

— E se ele tiver sido uma espécie de mentor?

— Como aquele homem de branco no centro espírita?

Melissa concorda com a cabeça.

— O padre deu ao entender que as coisas aconteciam independentemente da sua avó, pois o demônio agia. Talvez ele tenha sido acompanhante dela não um possessor.

— Isso é possível?

— Não sei, porém, se me perguntassem se é possível acessar um limbo através de uma cidade abandonada eu diria que não, mas cá estamos.

Ela tem razão, embora isso faça menos sentido ainda. O mundo espiritual é muito mais complexo do que aparenta. Queria que fosse como naquelas histórias de televisão em que basta usar sal e prata para se livrar de quase qualquer coisa.

A vida real é muito mais complexa, até no quesito sobrenatural.

— Ele está me esperando no altar erguido a ele. Talvez eu possa sobreviver se fizer o mesmo que a minha avó.

— Deve haver um jeito que não envolva lhe amaldiçoar de novo.

— Prefiro viver amaldiçoado a não viver contigo, Melissa.

Primeiro ela arregala os olhos, depois esboça um sorriso e o amarra.

Dou as costas a ela e abro outro armário. Encontro um bisturi dentro de uma caixa, enferrujado, mas parece ter fio. Seguro pelo cabo curto, observo atentamente a lâmina. Espero que sirva de proteção contra as criaturas, entretanto, não acho que seja necessário para mim.

— Toma, fica com isso — entrego a ela.

— E você?

Mostro o braço direito, a cruz dança no ar.

— Não está falando sério, está? — Confirmo com a cabeça. — Ian, você vai morrer assim!

— Duvido. Ele me quer. Ele não vai permitir que eu seja morto.

— Quem está acreditando demais em um demônio agora?

— Não acredito nele — aperto os olhos, confuso. — Acredito em você.

Melissa parece surpresa com a afirmação. A informação sobre ele ter interesse em mim veio dela. Eu apenas juntei as peças. Após alguns segundos ela tem um estalo, as sobrancelhas sobem e descem, e então balança a cabeça. Abro um sorriso vendo essa reação fofa.

Coloco a mão na cintura de Melissa e beijo sua testa.

— Eu realmente te amo, Melissa.

— Eu também te amo, Ian.

— Mas temos que cuidar desse ferimento — Melissa chama atenção.

Concordo, mostrando a palma da mão aberta. Melissa usa o que encontra na sala para limpar, enfaixando e usando o esparadrapo para unir a pele e segurá-la já que todas as agulhas na sala parecem podres.

Depois, ela deposita um beijo no dorso da mão e sorri.

Fico sorrindo feito o idiota que é só dela, mas uma batida na porta nos arranca do momento. Coloco-me na frente dela, mexo os dedos da mão direita, focado em usar as habilidades espirituais. O calor começa a descer do ombro até as pontas dos dedos.

Seguro a maçaneta com a mão machucada, com cuidado para não abrir o ferimento. Trocamos um olhar determinado a resolver o problema. Melissa fica linda séria desse jeito. Volto minha atenção ao que farei, respiro fundo e abro a porta já com a mão direita esticada para frente.

São duas criaturas feitas de sombras, um corpo quadrupede e um rosto parecido com uma foto borrada. Melissa paralisa atrás de mim, não sei o que está enxergando. Dobro as pontas dos dedos e abro em seguida, como uma maneira de me focar na energia que traz uma luz intensa e a espalha feito guarda-chuva sobre as criaturas. Diferente dos espíritos que são levados e transformados em cinzas, estes monstros gritam de agonia e somem completamente no ar.

Nenhum flash de memória toca minha consciência, mas o cansaço é absurdamente maior. Caio sobre um dos joelhos, a luz sumindo do braço. Melissa me segura pelo braço. Fico ofegante, a visão enturvece. Usar essa habilidade é muito cansativo.

Um tremor atinge meu coração. A sensação de que ainda não acabou. Tenho a impressão de que eram mais monstros. Uso a ajuda dela para me reerguer. Melissa aponta para o alto, uma placa de esquina de corredor indicando onde ficam os arquivos do hospital. Assinto, mas quando tento dar o primeiro passo, minhas pernas falham de novo.

Preciso seguir, falta tão pouco, resmungo dentro de mim. Cheguei longe demais para cair agora. Eu não posso perder agora, não agora, por favor, resmungo botando a mão na parede para me apoiar, a visão embaçando novamente. Ainda não me recuperei totalmente e o sangramento que tive na mão não está ajudando.

Melissa passa por debaixo do meu braço, segurando-me para não cair. Percebo que estou prestes a desmaiar quando busco seu rosto e vejo apenas um borrão. Ela fala alguma coisa da qual não meus ouvidos não conseguem decodificar e eu assinto. Agarra minha mão e força o aperto das ataduras no ferimento, uma dor excruciante atravessa meu corpo como uma onda elétrica fazendo todos os nervos reanimarem.

A explosão de adrenalina irrompe pelos músculos me ajudando a caminhar pelo corredor, ainda usando-a de apoio, mas com os passos menos desorganizados. Após entrarmos noutro corredor volto a ouvir rosnados logo atrás da gente. Melissa olha para trás, amedrontada. Viro o rosto depois, encontrando vultos disformes, como se as sombras tentassem se remontar.

— Se eu usar essa habilidade de novo vou desmaiar — aviso.

— Estamos quase chegando — Melissa aponta para uma porta com o nome do arquivo em cima. — Só mais um pouco.

Concordo e insisto para que minhas pernas aguentem. Os rosnados crescem atrás de nós. Falta pouco para chegarmos na porta. Viro para trás, sombras ganham forma, os rostos são borrões. Aperto os olhos. Mais alguns passos. A porta está tão próxima. Melissa toca na maçaneta, gira e abre.

Conseguimos saltar para dentro, caio no chão apoiado sobre o cotovelo. Uma cabeça borrada salta para dentro, mas Melissa fecha a porta com força, cortando-a fora. Sombras se esvaem no ar como faíscas, desaparecendo em um grunhido lamuriento. Deixo-me tocar as costas no chão, encaro a escuridão acima de nossas cabeças e deixo o ar serpentear para fora dos pulmões, aliviando os ombros.

Talvez não tenhamos vencido a guerra, mas essa batalha terminou.

Comentário do Autor

Estamos tão perto do fim, mas ainda não caiu a ficha. Mês que vem teremos o desfecho dessa jornada inteira. Até lá, porém, temos que encarar que esse casal é muito às avessas — eles não fazem nada na ordem esperada. Talvez isso seja bom, talvez não seja, mas com certeza é real. Por isso gosto tanto, e você?

Mês que vem também é um marco na minha carreira: estarei fazendo cinco anos como autor publicado. É um termo estranho de usar, mas é o que sou. Autor publicado, de forma independente ou não. Tenho uma carreira. Que loucura, né? Estarei comemorando esse aniversário com cinco atos diferentes, mas você que me assina já vai saber um pouco antes do que se trata o primeiro deles: todas as minhas publicações na Amazon ficarão gratuitas na primeira semana de março, cada uma ficará dois dias de graça, começando por O Telefonema de Deus (03 e 04 de março), depois Crisálida (05 e 06 de março) e terminando com Devorado pelo Vazio (07 e 08 de março).

Conto com seu apoio!

Obrigado,

GOGUN.