Você Não Está Só #8.5 (HOT)

Capítulo 8.5 — Dançando com Estrelas

AVISOS

Este capítulo é proibido para menores de 18 anos… e também é um extra. Se você assim como eu adora ler hot continue em frente; do contrário, pode deixar de lado esse texto, pois ele não interfere no fluxo da história. No entanto, com certeza, você entenderá melhor Ian e a relação dos dois se ler como eles a aprofundam neste capítulo.

Gogun.

suas estrelas dançam em mim

divinas, sobre mim, abaixo de mim

você me deixaria entrar nesta galáxia

e viver em você até o fim?

Dançando com Estrelas

Capítulo 8.5 — Dançando com Estrelas

Revisão: Bianca Ribeiro.

Os céus estão segurando as lágrimas ao ver meu egoísmo, murmurando contra cada movimento feito por mim. Um trovão ribomba nos meus ouvidos, estremecendo as janelas assim que os sapatos colidem no chão em baques secos. Com os joelhos no sofá, eu volto a tomá-la nos lábios intensamente. Assim como as janelas de fora, os muros aqui dentro estremecem dando sinal de que não aguentarão muito tempo.

Gostaria de aguentar. Adoraria ser um herói de grandes épicos capaz de superar os próprios desejos para proteger as pessoas queridas por ele…, mas como poderia conseguir se ao me despedir de seus lábios e abrir os olhos o que encontro é uma divindade de cabelo rosa e estrelas no rosto? Como poderia não cair no egoísmo, no pecado da carne, se a boca dela entreabre a espera de um novo beijo?

Sou apenas um humano, jamais poderia dizer não às vontades dela.

O sabor de seus lábios parece ficar ainda melhor ao novo toque. Quero sentir mais. Preciso sentir mais dos seus sabores. Agarro firme sua cintura, pressionando os dedos como pregos na cruz, conectando-a a mim. Somente a mim. Escapo de seus lábios — esta prisão na qual ela me tem sem falar uma única palavra — e sinto o pulsar de sua jugular na ponta da língua, depois no sugar dos lábios.  

Como um vampiro que experimenta sangue pela primeira vez, eu me inebrio na pele de Melissa. Solto, com um estalo molhado, sua carne que desaparece debaixo do estrondo dos céus do lado de fora. Cada batimento cardíaco é como uma nova melodia tentando começar, mas errando o tempo de entrada na orquestra dos nossos corpos.

A ponta da língua desenha uma estrada até quase sua boca. Melissa perde a compostura, o ar escapa numa súplica. Isso me faz vibrar por inteiro, pulsando num ponto que ninguém nunca tocou além de mim. Eu sorrio ao perceber como estou lhe deixando. Embora a decepção fosse melhor para jamais recompensar meu egocentrismo, quero fazê-la se sentir no paraíso de onde ela parece ter vindo.

— Estou fazendo algo errado, Mel? — sussurro após depositar beijos suaves pela extensão da bochecha dela, já ao pé de seu ouvido. — Se você quiser eu posso parar.

— Não, não pare. Está tudo certo. Muito certo.

A voz dela derrete nos meus ouvidos como marshmallow e gruda nos cantos mais pecaminosos da minha alma. Espalha dentro de mim o prazer demoníaco do prazer carnal e me faz abrir um sorriso que, tenho certeza, se parece mais com o daquele encosto do que de um ser humano — e eu não me importaria em me transformar num demônio se isso significasse tê-la comigo essa noite.

Só por essa noite eu não quero me importar com nada, exceto com a mulher mais linda do mundo que está comigo.

Uma de suas pernas se erguem se encaixando na minha cintura, pressionando meu pênis rígido entre elas. Fecha os olhos, morde os lábios. Aperta a chave de perna pressionando ainda mais a ereção contra ela, aproveitando o momento como bem entende. O brilho do relâmpago me faz enxergar perfeitamente como ela se segura no braço do sofá, forçando mais, sentindo mais, com aquele rosto de quem quer mais.

Eu quero muito mais.

A ferida na palma da mão arde por um instante quando fecho os dedos novamente em sua cintura, mas a dor não é suficiente para me interromper. Nenhuma gota de sangue que saia de mim valeria os anos de desejo acumulados, reprimidos no âmago do meu ser. Aliviados de forma juvenil, derramados como se fossem um crime que deve escorrer pelo ralo.

Melissa compreende meu clamor. Sempre me compreendeu. Tenho certeza de que, no fundo, ela sabia dos meus desejos. Porque nunca fui bom nessas coisas de esconder. Sei que ela deve ter notado quando meus olhos caíam sobre seu decote ou quando eu acabava prestando atenção nas coxas destacadas nos shorts, usados na época de verão. Ela apenas nunca ouviu nenhum pedido da minha boca, nenhuma intenção do meu corpo. Agora ela recebeu um pedido silencioso, um toque implorando por ela.

Sobre mim, posso sentir melhor seu corpo. O peso dele no meu colo. Como suas pernas se encaixam ao redor do meu quadril, quase como se fosse natural que ficássemos assim. Sentada, ela faz questão de deslizar um pouco, provocando com a expressão de dualidade divina que ela carrega consigo. Segura meu rosto com suas duas mãos; e as minhas escorregam devagar na cintura dela.

Melissa tem os olhos mais lindos do mundo. As estrelas desenham galáxias me olhando de cima, os cabelos rosados são nebulosas que me arrancam todo oxigênio. Dessa vez, porém, ela não sorri. O que ela me apresenta é uma chama intensa que estava adormecida dentro dela. Uma mordida no próprio lábio é a faísca para acendê-la. A leve inclinação de seu corpo sobre o meu para tocar minha boca é um convite para meus dedos encontrarem sua bunda e apertá-la forte.

Um ofego contra meus lábios é suficiente para me fazer pulsar. A leve descida de seu corpo de volta ao meu, por apenas míseros centímetros, estremece todo meu controle. O sorriso que ela esboça com a língua na minha tira toda e qualquer razão que podia existir em mim. Seria tão egoísta assim dar exatamente o que ela tanto quer neste momento? Beijo-a, beijo-a, beijo-a tirando todo nosso ar. Inclino-a para trás, agarrado ao seu quadril, para conseguir devorá-la melhor. Abandono sua boca, o vício que sempre tive, mergulhando no vício que quero criar.

Toco seu pescoço outra vez, o sangue fluindo intensamente. Vibrando. Pulsando. Tirando sorrisos dela. Acabo sorrindo também. Sem nem perceber, movido pelo instinto de tomá-la para mim, comecei a levantar sua camiseta. Melissa encosta nas minhas mãos e me faz olhar no fundo de suas galáxias. Silêncio humano nos envolvendo, mas a tempestade lá fora piora.

— Quer mesmo me ver assim, Ian? — sussurra, frágil.

Se eu desistir agora posso evitar os machucados quando a tragédia engolir meu ser. Esta é minha última chance de fazer algo certo, de tirá-la da loucura que é a minha vida. Seus olhos esperam ansiosos, preocupados, fragilizados. Debaixo da roupa haverá cicatrizes, um passado, uma pessoa. Após tomar essa decisão, as coisas nunca mais serão as mesmas entre nós.

— Quero vê-la de todas as formas possíveis — digo insistindo para remover o obstáculo.

Volta a abrir o sorriso solar que só ela tem. As mãos se movem feito brisa outonal derrubando as folhas das árvores. A camiseta cai no chão, outro relâmpago rasga os céus com força estrondosa. Faço a mesma coisa com a minha camiseta. O brilho prateado dele transforma as curvas e dobras do corpo dela numa erupção solar. A peça de lingerie preta que esconde os seios que tanto desejo não é capaz de ocultar totalmente a cicatriz que ela carrega; do umbigo para cima a pele é retorcida devido às queimaduras, escalando pelo seio direito até o ombro.

— Posso me vestir de novo, se quiser.

— Não. Você é perfeita, Melissa. Não quero mais roupas escondendo cada detalhe desse corpo — coloco as mãos no seu quadril, sentindo a carne e cada dobrinha, inclino o corpo para frente e beijo no colo dos seios. — Quero você cada vez mais nua para mim.

— Quer? — Melissa ofega.

Desço os beijos, encontro o topo do seio esquerdo. A chama dela se espalhou para dentro de mim. Posso entrar em combustão neste exato momento. Talvez até queira que isso aconteça, pelo menos assim não preciso lidar com o fato de estar cedendo aos desejos como se não fosse afetar a relação.

Mas eu não queimo por pecar, então eu peco mais.

Agarro-me aos seus cabelos, puxo-os tomando as rédeas. Melissa quase derrama um gemido no ar, mas ainda se contém apertando os lábios. Encaro como seu semblante está provocante, ainda que completamente rendido. Sorrindo, ela umedece os lábios a espera de um beijo. Recordo-a de que nenhuma dessas ações são belas, elas são cruas, elas são sombrias. Por isso, se os lábios esperam um beijo, eu mordo o pescoço na esperança de sugar a vitalidade de dentro dela.

Isso é demais para ela — sua voz é onda, seu gemido, espuma.

— Você é mais safado do que parece.

— Acha isso um problema?

Sequer olho em seus olhos. Ela nega num murmúrio.

— Então me deixe aliviar os anos de desejo.

— Anos?

— Muitos anos, Melissa — beijo seu pescoço, subo até o pé do ouvido dela, o ar quente que sai das minhas narinas é sinal do inferno que se revela dentro de mim. — Eu desejo este momento há muitos anos… você tem noção de quantas vezes precisei tentar aliviar isso sozinho, pensando em como seria sentir o seu corpo no meu? Quantas vezes eu fechei os olhos e sonhei com este momento?

— Quantas vezes? — Este sussurro é mais desesperado, a voz quase desmancha no ar.

— Mais do que é possível contar.

— Agora você me tem.

Concordo em silêncio. Agora eu a tenho nas minhas mãos, nos meus lábios, em cima do meu pau que lateja ansioso para conhecê-la melhor. Agora estamos juntos. Daqui a seis semanas, eu terei partido. Essa noite será uma lembrança, então que seja boa.

Sorrateira como um gato, ela abre o sutiã. A peça cai no meu colo, revelando a nudez dos seios. Eles não são grandes, mas saborosos o suficiente para me fazer ter água na boca. Solto os cabelos dela de forma gentil, ela entende meus motivos. Tocá-los é como explorar uma casa abandonada, enche meu coração de adrenalina, faz todo meu corpo ressonar. Toco os mamilos com os polegares. Aquele marcado pelas chamas é diferente, sua textura é confusa.

— Não precisa tocar nele se não gostar — ela fala, desviando o rosto.

— Ainda não entendeu que eu quero cada parte sua, Melissa?

— Então faz o que quiser comigo, Ian.

A última corrente que me segurava é quebrada.

Caio de boca, cedendo aos meus pensamentos impuros, o sabor único explode na minha boca, o gemido dela escorre pelas paredes da casa, sobrepondo até mesmo o som da chuva que cai do lado de fora.

Seus dedos desesperados se enfiam nos meus cabelos, os meus se divertem tocando o mamilo que provoca suspiros. Abro os olhos, observando minha deusa no alto. O rosto está derretendo em prazer, a mordida no lábio inferior é tudo o que a impede de se desfazer. Assumo o risco do que pode acontecer daqui em diante, desço a mão pela barriga dela, sinto a textura da cicatriz e continuo até o baixo-ventre.

Num estalo, solto o bico. Encaixo a boca no seu pescoço, a pulsação da jugular está descompassada. Sorrindo, deixo uma marca. Uma marca que provoca uma erupção sonora do âmago dela. Um palavrão escapa, um pedido sussurrado.

— Me fode.

Abre alas para meus dedos ao desabotoar o botão da calça. Aceito o convite. A roupa íntima está molhada, o mero deslizar dos dedos pelo tecido é suficiente para fazê-la pressionar as pernas no meu antebraço. Assim eu acabo abrindo outro sorriso diabólico, intoxicado com as possibilidades. Intoxicado com seu pedido mais obscuro.

Os pelos são macios, o toque é molhado, a respiração dela fica entrecortada, meu coração parece prestes a parar, seus lábios envolvem os dedos, o gemido atravessa toda a sala e engole o barulho da chuva, subo encontrando o botão de rosa que a faz apertar as pernas de novo.

Ergo novamente o rosto em busca da minha deusa. Melissa está com o rosto virado, o antebraço cobrindo metade dele. Seus olhos, porém, estão claramente inebriados. Toco com mais anseio, um deslize fácil com o néctar derramado por ela. Começa a ofegar, suspirar, se apertar. Acabo soltando um risinho frágil, ela me encara em meio a excitação.

— Você merece mais — anuncio.

— Do que está falando?

Permito que meu corpo caia no chão, de joelhos diante da minha deusa. Arrisco puxar suas calças, ela me ajuda, se endireitando no sofá. Até o inferno tende a ser confortável quando nos acostumamos. A calcinha desliza pelas pernas, prendendo na ponta dos dedos de um dos pés.

Agarro as coxas que me tiram de órbita todas as vezes que encaro. Encaixando-a nos meus ombros. Melissa clama meu nome, baixinho, se perdendo dentro do momento. O sexo dela tem os pelos desenhados ao redor, úmidos e brilhantes. Ajoelhado como estou diante dessa deusa, só me resta começar a rezar. Primeiro, com a língua sentindo o doce néctar que escorre pelos lábios e virilhas. Depois, saboreando o botão.

Clama meu nome, a voz se perde. Observo a expressão da divindade diante de mim. A cabeça encostada para trás, os olhos fechados, a mão segurando firme no encosto do móvel, a outra apertando meus cabelos. Eu decido continuar a prece nada silenciosa e faço a língua cantarolar louvores luxuriosos  por ela. Já não consegue mais pronunciar palavras, apenas geme ofegante, vibrando cada vez mais.

Um terremoto começa — eu saboreio com prazer.

Aos poucos ela vai se recuperando do abalo sísmico.

— Meu Deus… — ela suspira, o sorriso se abre tão largo que poderia iluminar a cidade inteira. — Sério, Ian, meu Deus.

Não, isso não é Deus, é o Diabo.

Deixo suas pernas relaxarem sobre o sofá, ergo-me diante dela, passo o dorso da mão pelos lábios. Passo a língua em seguida, aproveitando cada gota do néctar de Melissa. Ela sorri assistindo essa atitude, as pernas me puxam gentilmente e caio de joelhos no sofá diante dela.

Astuta como só ela consegue ser logo abre minha calça, os olhos fixados nos meus. Deixo cair, sacudo as pernas como se chutasse um mal para longe. Apenas com a peça íntima, encontro um olhar curioso no rosto dela. Cuidadosa, ela decide senti-lo. Encostando sobre o tecido ela abre um sorriso pervertido, umedecendo os lábios com fome. Desce a roupa apenas o suficiente para encontrá-lo despido, pulsando de desejo por ela.

Chama com o indicador para que eu vá até a boca dela. Domado pelo espírito da luxúria eu me ergo, encaixando-me sobre ela. Segura firme, suspirando. A outra mão belisca o próprio mamilo, excitada. Encosta os lábios tão devagar que mais parece uma tortura. Devorando aos poucos cada centímetro. Em certo ponto, eu apenas estremeço por inteiro. A língua se enrosca como uma serpente decidida a me envenenar com prazer.

Tiro os cabelos rosados que insistem em cair sobre seu rosto. Olhando-a de cima até parece que eu derrubei um anjo neste mundo pecaminoso; assistindo enquanto ela o coloca quase todo na boca até salivar e tira rapidamente, ofegante, só me faz ter certeza de que ela está corrompida. A baba caída sobre seus seios e o sorriso arruinado dela quase me faz transbordar.

— Você já fez isso antes?

— Não, nunca…

— Tem certeza de que quer fazer isso comigo?

Do alto desse altar que improvisei para ela eu vejo todos os detalhes da sua beleza nua. A cicatriz de queimadura, as dobras, as curvas, as linhas marítimas nas suas coxas, o desenho dos seios, o castanho dos mamilos, os pelos macios e a vermelhidão dos lábios que ela toca gentilmente com seus dedos.

Melissa é a mulher mais gostosa do mundo.

— Essa é a única certeza que tenho na vida, Mel.

— Então vem — ela ordena com toda sua autoridade divina, os dedos abrindo os lábios lá embaixo, convidando assim como a boca. — Alivia seu desejo, Ian.

Mudo sua posição, segurando-a firme e a movendo como uma pluma. Melissa arregala os olhos, pasma com a força. Agora ela está deitada no sofá com muito mais conforto. As pernas se abrem ao meu redor com o néctar escorrendo no sofá. Um relâmpago atravessa o interior do apartamento, derrubando a luz. Olhos vermelhos me observam no canto da visão, mas eu ignoro-os.

Sobre ela, seguro o pênis e deslizo ele pelos seus lábios. O néctar lubrifica, a sensação provoca um tremor dentro de mim. Eu não sei se posso aguentar muito tempo, o nervosismo me abate feroz, o lembrete de que não deveria decepcioná-la depois de chegar até aqui.

— Por favor, Ian, me deixa senti-lo — a súplica ecoa nos meus ouvidos, fantasmagórica, e a luz volta ao ambiente.

Melissa me olha com tanta vontade, tanto querer, que eu apenas boto todos os pensamentos de lado e volto a me encaixar em suas pernas. Ela faz questão de olhar quando aceito seu convite e começo a entrar em seu templo. Sou tomado por sensações novas. O calor dela é como um dia quente de verão. Metade já foi, mas ela coloca a mão no meu ventre, pedindo um segundo.

— Eu te machuquei?

— Não, não é isso.

Respirando fundo, ela me olha com um sorriso e os cabelos bagunçados.

— Me dá tudo.

— Tem certeza?

Melissa assente com um sorriso mordiscado.

Eu obedeço imediatamente, entrando por completo, afundando meu corpo sobre o dela até tirar seu ar. Este calor que me envolve parece que vai me derreter. E, mesmo assim, eu não quero parar. Por isso, eu me movo, explorando seu templo devagar. A chuva fica mais forte, um trovão faz as paredes estremecerem tanto quanto as pernas dela minutos atrás.

Isso é muito diferente, é muito mais intenso. O estímulo é tanto que a vibração que se espalha por mim parece prestes a jorrar. Acabo tendo que interromper os movimentos para não me perder no templo. Observo o rosto sorridente dela, os ofegos escapando dos lábios macios, os cabelos tão bagunçados que parece que a tempestade a invadiu e o suor que escorre pela testa a deixando mais brilhante.

Agarro sua cintura, inclino-me para trás. Quero explorar outras áreas desse templo. Com movimentos firmes, a faço sentir outras vibrações. Seus gemidos se espalham no ar. Ouvi-los é um segundo estímulo.

Tomo velocidade, cada instante fica mais habitual. Aos poucos, ardo em luxúria. O suor escorre pelo meu corpo na tentativa de me tirar desse inferno. Quero continuar nele um pouco mais, se possível. Ainda mais vendo como os olhos dela se perdem no teto, fecham e voltam a me encarar quase revirados, possuída pela chama de luxúria que existe dentro de nós dois.

O ritmo vai sendo alterado porque estou prestes a transbordar. Subo novamente nela, explorando seu templo com suavidade, e ela sorri tocando a mão no meu rosto, entendendo o que vai acontecer. As pernas me envolvem com precisão, deixando-me preso no templo de adoração. Isso me faz encher de uma energia que até então eu desconhecia.

Caio de boca outra vez nos objetos de meus desejos mais mundanos. Assim consigo aproveitar o fundo de seu templo e ela geme mais alto do que qualquer trovão. Eu não aguento mais, eu não posso mais parar. Solto seu mamilo com um estalo e resmungo num gemido:

— Eu vou gozar, Mel.

— Goza. Goza pra mim, Ian.

Outra ordem com sua autoridade divina. Eu não posso evitar. Com uma última cravada transbordo no fundo de seu templo, perdendo o compasso da minha própria voz que se mistura a dela num louvor em uníssono. Caio sobre seu corpo, as pernas me deixam livre e eu saio do templo ainda derramando.

Isso realmente está acontecendo? Eu acabei de transar com Melissa e gozar dentro dela? A mão gentil dela busca meu pau, acariciando-o ainda melado dos néctares. Ele ainda está duro, ainda há desejo acumulado, ainda tenho vontade de continuar.

— Vamos para o quarto? — pergunta me masturbando.

— Por favor.

Se isso for egoísmo, foda-se, eu serei um diabo egoísta.

Comentário do Autor

Esse é o primeiro hot que eu publico na vida - ao menos de forma oficial. Tentei fazer algo especial, pois Ian é uma pessoa que tenta florear muitas coisas, especialmente aquelas das quais ele tem medo de falar em voz alta. Não só isso, mas fui fortemente influenciado por Pillow Talks: Eros e toda a poesia erótica na prosa de Sasyk. Realmente espero que tenha gostado desse texto extra, ele vem em forma de agradecimento pelo apoio. No futuro, pretendo trazer mais agrados de forma digital, especialmente em texto (mas também algumas coisas visuais). Por favor, continue apoiando esse projeto e falando dele por aí!

Gogun.